Autismo: causa, sintomas, diagnóstico e tratamento

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Michelli Freitas

Escrito por Michelli Freitas

O QUE É O AUTISMO?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) OU simplesmente Autismo é um atraso no desenvolvimento que costuma trazer grandes desafios em termos de relacionamento social, comunicação e comportamento da pessoa afetada.

Normalmente, não há nada fisicamente que diferencie uma pessoa autista das outras, contudo pessoas que possuem esse transtorno se comunicam, interagem, comportam-se e aprendem de um modo diferente das outras pessoas.

O processo de ensino e aprendizagem de autistas pode variar muito de uma pessoa para outra; enquanto para umas pode ser bem simples, para outras pode ser algo extremamente desafiador.

Dessa forma, mesmo entre as pessoas autistas, a heterogeneidade é muito grande. O auxílio que elas precisarão das pessoas ao seu redor ao longo de suas vidas será maior ou menor de acordo com o nível do transtorno apresentado por elas.

Quais são as causas do autismo?

A ciência ainda não tem uma explicação concreta para afirmar o que pode causar o autismo. Há muitos fatores que podem levar uma criança a desenvolver o transtorno, incluindo fatores biológicos, ambientais ou genéticos.

Contudo existem alguns consensos entre os especialistas sobre isso, dentre eles:

  • o desenvolvimento do autismo está relacionado a uma forte causa genética;
  • crianças que têm irmãos com o transtorno possuem altas chances de desenvolvê-lo também;
  • indivíduos com certas composições genéticas específicas, como um cromossomo X mais frágil ou portadora da doença de esclerose, têm mais chances de desenvolver o transtorno;
  • os fatores predominantes de desenvolvimento do autismo ocorrem antes, durante e logo após o nascimento do bebê;
  • crianças filhos de pais mais velhos também têm altas chances de desenvolver o transtorno.

Continuamente, são realizados muitos estudos na área da Neurociência para tentar compreender os fatores que levam ao desenvolvimento do autismo e as formas para evitá-lo ou tratá-lo.

Quer saber como Identificar o autismo leve do moderado, leia esse artigo

Como e quando é feito o diagnóstico do autismo?

Diagnosticar o autismo não é algo fácil, considerando-se que não existem exames clínicos que possam o identificar, como exames de sangue, raio-X, tomografias, por exemplo.

Ainda que os pais consigam identificar sinais nas crianças que indiquem a presença do autismo, somente os profissionais especialistas poderão confirmar o diagnóstico do TEA, como pediatra e neuropediatra, e poderá ser feito em parceria com profissionais de outras áreas.

Cabe aos especialistas realizarem uma série de análises dos comportamentos e do desenvolvimento da criança para chegar a uma conclusão.

Há algum tempo atrás, quando ainda não havia estudos mais detalhados sobre o autismo, o diagnóstico do TEA era difícil de ser realizado, sendo que muitas pessoas portadoras do transtorno nem mesmo chegavam a receber o diagnóstico.

Hoje, há testes para a detecção de sinais do autismo entre os 9 e 12 meses de idade, e continuamente estão sendo desenvolvidas novas tecnologias para que o diagnóstico ocorra cada vez mais cedo, inclusive em bebês.

Algumas famílias começam a identificar os sintomas do autismo na criança entre os 2 e 3 anos de idade, percebendo principalmente a dificuldade ou a ausência da fala, sendo mais comum realizar os testes aos 24 meses de idade.

Por recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP), todos os pediatras são orientados a testarem as crianças para verificar a presença de atrasos no desenvolvimento aos 9 meses, aos 18 meses e aos 24 ou 30 meses de idade.

autismo

Quais são os sinais do autismo?

Os sinais do autismo podem ser facilmente perceptíveis ou quase imperceptíveis. Para tanto, estão listados abaixo os sinais mais conhecidos e aplicáveis:

  • agitação e movimentos repetitivos com o corpo;
  • agressividade;
  • alinhamento de brinquedos e objetos;
  • atraso na fala e nas habilidades de linguagem;
  • desconforto com o contato físico;
  • dificuldade para prestar atenção;
  • dificuldade para compartilhar interesses;
  • dificuldade para entender sarcasmos, piadas e provocações;
  • dificuldade para entender os gestos e a linguagem corporal;
  • dificuldade para fazer contato visual;
  • dificuldade para identificar os sentimentos dos outros;
  • dificuldade para expressar e lidar com os próprios sentimentos;
  • dificuldade para lidar com as mudanças na rotina;
  • falta de medo ou medo exagerado;
  • hiperatividade;
  • impulsividade;
  • interesse obsessivo por alguns objetos;
  • linguagem robótica ou cantada;
  • manifestação de poucos gestos;
  • pouca tolerância aos sons;
  • preferência pelo isolamento;
  • reações emocionais intensas e incomuns;
  • repetição de palavras e frases.

É muito importante que os pais e as demais pessoas que convivem com mais frequência com a criança conheçam e fiquem atentos a esses sinais. Alguns deles são fáceis de identificar, enquanto outros precisarão de uma visão mais apurada de um profissional especialista para confirmar o diagnóstico.

Quanto antes a criança autista for diagnosticada, melhor será o resultado do tratamento e maiores serão as chances de ela adquirir habilidades que lhe proporcionem mais independência e autonomia ao longo da sua vida.

Como é realizado o tratamento do autismo?

Ainda que não haja cura para o autismo, estudos comprovam que quanto mais cedo for feita a descoberta e forem iniciadas as intervenções, melhores serão os resultados futuros para a criança, e, posteriormente, para o adulto.

A intervenção precoce pode trazer um enorme avanço no desenvolvimento da criança no período compreendido entre o primeiro ano de vida até os 3 anos de idade.

O ensino de habilidades básicas do dia a dia, relacionadas à comunicação, interação social, alimentação, higienização, lazer, dentre outras, pode trazer benefícios positivos e duradouros, proporcionado à criança uma melhor qualidade de vida.

A importância da Terapia ABA

A Análise do Comportamento Aplicada – ABA (Applied Behavior Analysis, em inglêsé uma ciência que se baseia em evidências, estudos e testes e que pode ser aplicada em diversas áreas.

A ABA estuda o comportamento humano socialmente relevante, sendo o autismo apenas uma de suas vertentes. Ela atua não só no entendimento dos comportamentos problemáticos, mas também no ensino de novos comportamentos.

Terapia ABA tem sido amplamente utilizada como uma forma de tratamento para o autismo. Por meio dela, as crianças autistas desenvolvem habilidades que são essenciais para a vida diária e diminuem os comportamentos indesejados, excessos e déficits relacionados ao transtorno.

Quem são os profissionais que atuam com o autismo?

Em relação ao diagnóstico do autismo, o primeiro passo para buscar um profissional capaz de detectar o autismo na criança é levar o caso ao pediatra responsável pelo tratamento da criança.

O pediatra será capaz de avaliar se realmente há suspeita de autismo e encaminhar a criança para os profissionais especialistas responsáveis por esse tipo de diagnóstico, que realizarão diversos testes para detectar a presença ou não do transtorno na criança.

Em relação ao tratamento do autismo, há diversos profissionais que realizam intervenções com crianças autistas, incluindo analistas do comportamento, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, musicoterapeutas, dentre outros.

É importante ressaltar que todos os profissionais envolvidos com a criança devem trabalhar como uma equipe transdisciplinar, em que todos pensem juntos e com os mesmos objetivos em mente, focando nas características e necessidades particulares da criança em questão, pois isso trará melhores resultados e ganhos para todos os envolvidos, principalmente para a criança.

A dificuldade com o desenvolvimento das habilidades de linguagem e comunicação é um dos principais sinais do autismo e, normalmente, é o primeiro sinal identificado pelas pessoas que mais convivem com a criança. Felizmente, temos uma formação completa, uma metodologia que te dará o passo a passo para o ensino de habilidades de linguagem e comunicação para pessoas com autismo ou suspeita utilizando o Protocolo VB-MAPP e nossos formulários próprios. Trata-se do Manual da Comunicação no Autismo (MCA). Clique aqui para obter mais informações.

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